“Se sua filha insiste que a festa “vai miar” sem álcool, vale a pena frisar para ela que a diversão não pode estar associada à ingestão de bebidas desse tipo”, orienta Cesar Pazinatto, diretor da See Saw Educação Bilíngue, em São Paulo, e autor do livro Álcool e drogas na adolescência, um guia para pais e professores (ed. Contexto). “Caso ela insista, é melhor não ceder a esse tipo de pressão.”
Infelizmente, existe uma visão equivocada por parte da sociedade que acredita que o consumo de álcool por jovens é melhor do que o de drogas ilícitas. Além do aspecto legal, que obviamente deve ser levado em consideração, pesquisas científicas mostram que quanto mais cedo se inicia a ingestão de bebidas, mesmo que eventualmente, maior é a chance do desenvolvimento do uso problemático e a dependência do álcool na vida adulta. E os problemas não são nada desprezíveis: uso de outras drogas, violência sexual, gravidez precoce, brigas, acidentes de trânsito e até suicídios estão entre os principais problemas imediatos. “Daí a importância de adiar ao máximo possível o início desse tipo de hábito”, conclui o especialista.
Dá para entender que as famílias fiquem muito angustiadas com esse tema e, principalmente, com a proximidade da próxima festa. Por vezes, sentem-se caretas e despreparadas para lidar com argumentos do tipo: “mas mãe, todo mundo vai”; “toda festa tem bebida” e “todo mundo bebe”. Vale lembrar que esse tipo de argumentação é, acima de tudo, questionável. “Um pouco mais de comunicação e apoio entre as famílias põe por terra essas argumentações”, afirma Pazinatto. “Além de evitar que os pais desrespeitem o Estatuto da Criança e do Adolescente e outras leis que regulamentam o consumo de álcool.”
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